sábado, novembro 19, 2011

Felicidade não tem idade!


   Quando somos crianças, criaturas ingênuas e tão pequenas, a partir do momento em que começamos a entender as coisas: quando olhamos para os adultos, nessa idade, ainda nem sabemos o que são problemas, então admiramos eles e dizemos: - puxa! quero crescer logo, deve ser muito legal ser gente grande!, pois, como não entedemos ainda nada da vida, e não sabemos ainda como diferenciar expressões de rosto que indicam se nossos pais estão felizes ou não. vamos crescendo mantendo uma ideia de que os adultos são felizes, e que quando crescermos e formos adultos seremos como eles, felizes também.

    Assim, moldamos nossa vida. mas o tempo passa rápido demais, as vezes, nem temos muito tempo necessário para perceber que a felicidade é ser criança, pois, sem perceber vamos copiando desde cedo comportamentos de ansiedade adquiridos dos adultos, e isso apressa demais nossa infância e nem usufruímos muito do prazer de ser criança.

    Então, num determinado momento da vida, como não sabemos nada a respeito do mundo dos adultos ainda nessa idade, quando olhamos para eles e os vemos, sempre imaginamos muita coisa na cabeça e dizemos: - ser adulto é que é ser feliz, pode ter muito dinheiro no bolso a hora que quiser pra gastar, pode ter casa grande e bonita pra morar, pode ter carro caro e bonito para andar, e ainda, para quem tem família unida, poder ter tantas pessoas morando junto na mesma casa, o que pelo menos na infância, isso realmente nos deixa muito feliz.

    Mas, conforme vamos crescendo, vão nascendo nossos irmãos, e aí, deixamos de ser o preferido de nossos pais, por que o outro passa ganhar mais atenção que nós, parece que o outro começa a conquistar o lugar que era só nosso, e começamos a nos sentir deixados em segundo plano. aí já começamos a achar que crescer não é tão bom assim quanto esperávamos, pois, recebíamos tamanho afeto antes, que até nos sentíamos tão bem sendo bajulados quando éramos menores,  mas só que para nossa infelicidade isso muda muito rápido demais.

     E o pior é que demoramos para perceber isso, mas hoje vejo que isso é consequência da vida, o que não sabia naquele tempo. só que, esse é o problema, pois, quando descobrimos essas coisas já é tarde demais. e como param de nos acontecer, por que já não nos oferecem mais afeto como antes. começamos a nos sentir carentes e nem com tanta pressa em crescer mais, nessa época a vontade é retroceder no tempo e voltar a ser criança para voltar a receber amor, afeto e carinho como antes, pois, torna-se difícil desacostumar a ser uma criança mimada que tinha toda atenção do mundo.

     Quando nos tornamos adolescentes, com essa fase maluca,vem as dúvidas na nossa cabeça, as confusões das mudanças que ocorrem nessa fase, e embaralham nossas mentes. e começamos a achar ainda mais que crescer não tem sido um bom negócio por que começamos a perceber que toda aquela alegria que você tinha quando era criança de poder brincar o dia todo, agora é substituído por um sentimento de rebeldia que toma conta de nós por que não entendemos direito o que está se passando com a gente, devido as transformações que ocorrem no corpo para se preparar pra chegar a idade adulta. daí mais uma vez nos perguntamos cadê a felicidade?

     A partir dessa idade, aquele sentimento de curiosidade pelo mundo dos adultos está ainda mais forte. ainda não temos nenhum pouco de juízo na cabeça, nem consciência da coisas que fazemos ainda, mas em nossa ideia, achamos que viver sem enfrentar o perigo não é viver, mesmo que os adultos nos mostrem uma realidade diferente daquela que queremos viver.

    E quando começamos a poder abrir nossas asas( quando desligamos um pouco dos pais, antes de completar dezoito anos), mesmo nas poucas tentativas de voar, que não dá certo, por que ainda é muito cedo e por isso não conseguimos, pois, elas ainda não se abrem,(não conseguimos sobreviver sozinhos),vamos pegando mais gosto ainda pela idade adulta, e torcemos mais ainda pra chegá-la o mais rápido possível.

      Até que um dia, inevitavelmente, você se vê com dezoito anos, quando você está de braços abertos para acolher a felicidade que pode chegar a qualquer momento em sua vida depois de passar a vida inteira esperando chegar a idade adulta, então, vêm alguém e fala que você agora tem que  aprender a ter responsabilidade e a pensar mais no seu futuro, coisa que até dias atrás você nem pensava que isso existia; dizem que você tem que estudar e se formar doutor, casar e ter uma família para ser feliz, lidar com os problemas diários da existência, e trabalhar para ter dinheiro para sobreviver e poder dar uma vida digna para os filhos.então, todo aquele castelo de areia que você formou na sua ideia da idade adulta cai por terra em sua frente, e simplesmente desmorona. então, você se auto-afirma: " eu pensava que ser adulto era ser feliz, agora, vejo que eu era feliz e não sabia".

     No entanto, quando adquirimos maturidade, percebemos que, felicidade não tem idade. e que cada fase da nossa vida tem seus momentos de beleza para ser usufruído. e que o ideal é saber aproveitar todas elas para não chegar a idade adulta desmotivado e decepcionado com o que terá de enfrentar pela frente. 

2 comentários:

  1. Oi querido Nando,

    Que frustação!
    Depois de ter feito meu comentário, ele sumiu.
    Recomeço. Li teu texto, com atenção, como sempre faço.
    Tens razão não há idade para se ser feliz.
    Cada fase etária tem suas características, mas o mais importante é sermos felizes.

    Agradeço tão elogioso comentário em meu blog.
    Sou demasiado erudita na poesia, eu sei, mas eu não consigo ser simples com as palavras.

    Beijos de luz.

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  2. Olá querida amiga Emília!

    É... realmente é muito ruim escrever tudo e depois perder tudo. comigo já aconteceu isso, mas pelo menos comigo foi bom, porque eu as ideias estavam frescas, e acabei escrevendo aquilo mesmo em outras palavras e ficou legal. confesso que tenho uma enorme dificuldade em interpretar seus textos... espero que eu esteja entendendo bem.

    boa noite

    beijos e abraços

    Fernando

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